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GRAVURA CONTEMPORÂNEA: PERCURSOS E FRONTEIRAS ENTRE MEIOS CONVENCIONAIS E MEIOS DE REPRODUÇÃO GRÁFICA

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O nosso cotidiano é impregnado por uma multiplicidade de imagens contendo inúmeras informações que se modificam simultaneamente a todo instante. Nesse cenário, a arte contemporânea, ao mesmo tempo em que se fragmenta em múltiplos caminhos, também reflete essas transformações e inquietações por meio de diferentes manifestações estéticas. E, na gravura contemporânea observamos que essas mudanças aceleradas também são absorvidas, incorporando os meios tecnológicos de reprodução aos procedimentos convencionais. Ao mesmo tempo, encontramos obras que se contrapõem à poluição visual, optando pela economia expressiva com ações mínimas que revelam marcas e grafismos entre presenças e ausências, cuja gestualidade orgânica pode ser configurada na intensidade dos elementos gráficos. De um modo geral, a gravura atual se flexibiliza e vai de encontro com outros meios de expressão, desde a inclusão dos meios específicos até a utilização do computador. Nesse percurso, a gravura confronta-se com múltiplas inversões e transformações das regras e conseqüentemente dos conceitos. Marcel Duchamp, por exemplo, na sua autopublicação Boite en valise (1941), desafia os meios tradicionais do fazer gravura para enfocar a questão da obra na erada reprodução mecânica. Esta obra para o artista é um museu portátil que contem a sua produção artística em miniatura. Os de senhos e as pinturas são reproduzidas em fotografia e, também pequenas esculturas são embaladas e colocadas dentro de uma caixa para serem transportadas. Nesse procedimento, podemos pensar sobre a produção da obra única e, ao mesmo tempo em que são sinalizadas novas possibilidades reprodutivas, provocando novas discussões sobre os meios que envolvem a impressão, duplicação, reprodução….

texto completo: http://www.anpap.org.br/anais/2010/pdf/cpa/lurdi_blauth.pdf

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